06/04/2010

As pedras no caminho do Atletiba.

Leandro Niehues foi o primeiro a delinear em público o peso do Atletiba do próximo dia 18, no Couto Pereira. O técnico rubro-negro definiu o confronto com o Paraná, vencido por 1 a 0, no domingo, como a “semifinal” do Paranaense. A final, o clássico de daqui a 12 dias. Uma série de obstáculos dentro e fora de campo surge no caminho dos rivais antes do jogo que, salvo alguma enorme zebra, definirá o campeão estadual de 2010.
Adversários
O caminho do Atletiba prevê dois jogos em casa para cada. O primeiro a entrar em campo será o Atlético, amanhã, 21h50, contra o Operário. Na primeira fase, o Fantasma impôs ao Furacão sua única derrota na Arena em 2010, por 2 a 1. No sábado, o oponente será o Paranavaí, com chances remotas de classificação à Série D.
Dentro da linha adotada por Niehues, de comparar as partidas do octogonal a um mata-mata, Ney Franco vê um caminho mais longo e árduo para o Coritiba. “Eu acho que temos dois jogos difíceis pela frente. Prefiro dizer que temos oitavas de final contra o Iraty (quinta-feira), quartas contra o Operário (domingo), semi contra o Atlético. Se formos campeões antes da final contra o Cascavel, ótimo”, analisa.
Cabeça
Eliminado da Copa do Brasil, o Coritiba se concentra apenas no Paranaense. Entre o jogo com o Operário e o Atletiba, uma semana de treinamento. Período em que o time pretende superar totalmente o trauma recente dos pênaltis perdidos - “Não estará superado enquanto não tiver outro pênalti que o Marcos Aurélio possa bater e converter”, diz Ney - e garantir impulso para o objetivo da temporada. “Falta finalizar (o Estadual) com o título para entrar bem na Série B”, afirma o técnico.
No Atlético, a atenção estará dividida. Antes e depois do clássico, o Furacão entra em campo contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil. O jogo de ida, no Palestra Itália, será apenas três dias antes da “final” no Alto da Glória.
Contusões
Um jogador importante de cada la­­do está no departamento médico. Bruno Mineiro deixou o clássico com uma leve entorse no tornozelo esquerdo. Deve ser poupado contra o Operá­­rio. Com Toledo, suspenso, também fora; Marcelo, Alex Mi­­neiro e Wallyson sem condições de jo­­go, faltam opções no ataque. Apenas Serna, Bru­­no Fur­­lan e Tará estão disponíveis.
No Coritiba, uma lesão no músculo adutor da coxa direita deixa Pereira fora pelo menos até o Atle­­tiba. “Eu acho que o Lucas (Mendes) é um jogador que já está pronto”, afirma o treinador Ney Franco. Em compensação, Jéci e Marcos Paulo voltam contra o Iraty.
Suspensões
A lista de desfalques pode crescer à medida que os cartões forem su­­bindo nos próximos 180 minutos em que rubro-negros e alviverdes forem a campo. Hoje, o Atlético tem Manoel, Chico, Valencia e Már­­cio Azevedo pendurados; no Coritiba, Triguinho, Leandro Do­­nizete, Rafinha, Ariel e Pereira acu­­mulam dois cartões amarelos.
O Tribunal de Justiça Despor­­tiva (TJD-PR) também pode desfalcar os rivais. Amanhã, Javier Toledo será julgado pela expulsão contra o Iraty. Denun­ciado por agressão física, ele pode pegar de 4 a 12 jogos de gancho. Também vai a julgamento o recurso da absolvição de Manoel e Triguinho, inocentados em primeira instância da acusação de jogada violenta no Atletiba da primeira fase.