Orlando Pessuti, Marcos Malucelli e Luciano Ducci formalizaram a viabilidade financeira do estádioNa tarde desta segunda-feira (20), foi assinado o termo de cooperação financeira que garante a realização da Copa do Mundo de 2014 na Arena da Baixada. Em um evento no espaço VIP da Arena com a presença de diversas autoridades, o governador do estado, Orlando Pessuti, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, e o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, formalizaram a viabilidade financeira das obras no estádio rubro-negro.
Com isso, encerra-se um longo impasse, que durou vários meses, sobre quem bancaria os cerca de R$ 138 milhões necessários para a adequação da Baixada aos encargos da FIFA. O documento assinado hoje, e que será enviado à Fifa, prevê que o Atlético banque R$ 40 milhões, enquanto os outros R$ 90 milhões virão da iniciativa privada, através do Potencial Construtivo.
Pessuti apresentou o projeto que permite que o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Paraná (FDE) aceite como garantia do financiamento os títulos do Potencial Construtivo, emitidos pela Prefeitura de Curitiba e que não haviam sido aceitos pelo BNDES. "Hoje é um dia especial, pois estamos formalizando compromissos de uma longa trajetória. Já vencemos muitas batalhas e ainda venceremos mais. Portanto, festejemos o dia de hoje e esta grande parceria selada aqui", disse o governador.
Com a confirmação do Mundial em Curitiba, cabe ao Atlético finalizar o projeto executivo do estádio, fazer um orçamento final para a obra e, então, realizar uma licitação para selecionar a construtora que coordenará a reforma. "Foi uma luta incessante, que começou na diretoria anterior, com o Fleury e o Petraglia, e tivemos muita ajuda do Pessuti e do Ducci. Se não fosse por eles, provavelmente não teríamos Copa na Arena. A Copa é da cidade de Curitiba e estamos cedendo o nosso estádio. Agradeço a ajuda que tivemos do governo, porque não teríamos como pagar essa obra sozinhos", disse Marcos Malucelli.
O presidente rubro-negro prometeu um processo bastante transparente durante toda a reforma do estádio, que deve começar até o início de 2011. "Daqui pra frente precisamos viabializar mesmo a Arena, tudo que foi feito até agora ficou pra trás. Nem precisaríamos fazer licitação para escolher a construtora, mas queremos fazer o processo da maneira mais transparente possível para todos os cidadãos poderem acompanhar", completou o dirigente.
Luciano Ducci explicou que a solução encontrada para garantir a Copa em Curitiba acabou beneficiando a cidade, que ao ceder o Potencial Construtivo, receberá pelo menos R$ 45 milhões do Governo do Estado. "Vamos passar por uma grande transformação na cidade, serão dois anos de muitas obras que vão beneficiar a todos. Seremos a única sede do país a viabilizar o estádio sem dinheiro público e ainda receberemos recursos do governo", explicou o prefeito.
Algumas das principais obras que serão feitas visando o Mundial do Brasil são: a ligação Capão da Imbuia-Cabral; obras na rua Raul Pompeia, na avenida Salgado Filho, no entorno da Arena da Baixada; revitalizações da avenida das Torres, Cândido de Abreu, Marechal Floriano Peixoto; reformas na rodoviária e no aeroporto de São José dos Pinhais.
