Duelo de hoje com o Vitória, na Arena, é fundamental na perseguição ao terceiro colocado Cruzeiro. Furacão pode ultrapassar o Botafogo.
O Atlético enfrenta o Vitória, às 19h30, na Arena, com o objetivo de não se distânciar do G3. Há seis pontos do Cruzeiro, atualmente o último que se classificaria para a Libertadores – e que recebe o Atlético-GO, no mesmo horário –, o Furacão tem a obrigação de vencer hoje para não ver de longe a Raposa, adversário de sábado, fora de casa.
Diante da possibilidade de o G3 voltar a ser G4, caso a Conmebol devolva a quarta vaga do Brasileirão para o torneio continental, o confronto com o Vitória fica ainda mais importante. Isso porque o Botafogo, que está apenas dois pontos na frente, joga contra o Corinthians, em São Paulo, e pode ser ultrapassado pelo Rubro-Negro.
Apesar do discurso de todos os jogadores atleticanos de respeito ao adversário, fica claro que, principalmente pelo fato de jogar na Arena, o único resultado admíssivel é a vitória. “Como estamos em casa e queremos brigar por uma vaga na Libertadores, temos de ir para cima deles para ganhar”, afirmou o zagueiro Rhodolfo.
Já o meia Paulo Baier, que volta a ser titular, lembrou que o sentimento de vencer a qualquer custo não é novo. “Nós tínhamos essa preocupação contra o Internacional, contra o Flamengo e é assim. Isso é rotina e contra o Vitória vamos buscar os três pontos de novo”, garantiu.
Mesmo com o adversário na 12.ª colocação, todos no CT da Caju sabem que os três pontos não serão conseguidos facilmente. Para se ter ideia, a última vez que o Atlético venceu o Vitória foi em novembro de 2008, por 2 a 1, na Arena – no Brasileiro do ano passado foram duas derrotas.
O lateral-direito Élder Granja, a outra novidade entre os titulares hoje, argumentou que, contra adversários que estão abaixo na tabela, por incrível que pareça o jogo tende a ser pior. “É muito mais difícil, porque é uma equipe que vai vir fechada, para jogar no erro do adversário. Temos de tomar cuidado para não sermos surpreendidos. Vai ser um jogo difícil, pegado, mas se quisermos algo maior na competição, temos de vencer”, afirmou o atleta, que espera a vitória para começar a sonhar inclusive com o título.
Diante da ascensão do Atlético, atual sétimo colocado e invicto há quatro rodadas, alguns otimistas torcedores chegam a projetar até uma goleada. Algo que ainda não ocorreu neste Brasileiro. As maiores vitórias rubro-negras foram por 2 a 0, sobre o Santos, na Arena, e o Goiás, no Serra Dourada. A última vez que o Furacão ganhou com um placar elástico foi no dia 27 de março, ainda pelo Paranaense, ao fazer 5 a 0 no Cascavel.
Entre os atletas, a hipótese nem é cogitada. “Não importa se é de um ou de cinco, o importante são os três pontos. Estamos em busca das vitórias. Agora, se os gols vierem é consequência mesmo do jogo”, disse Rhodolfo.
Baier, prevendo um jogo difícil, no qual o apoio da torcida será fundamental, deu risada ao ouvir a palavra goleada. “Aí você está de brincadeira com essa pergunta”, protestou, encerrando a entrevista. Já a caminho do vestiário, o meia disparou: “1 a 0 é goleada”.
