Considerando que as obras do metrô de Curitiba entrem no PAC 2, o rumo será traçado de acordo com o novo presidente. Ou seja, só a partir de 2011. Para o engenheiro civil Ricardo Bertin, mestre em Transportes, um trecho do metrô poderia ficar pronto até a Copa de 2014; no entanto, o custo aumentaria. “Na engenharia, o tempo muitas vezes não é crucial. O crucial é o custo”, afirma. “Existem métodos, técnicos e competência na engenharia nacional para fazer em três anos. Agora, vai custar bem mais caro”, complementa.Entretanto, Bertin acredita que o dinheiro federal não venha antes de 2011. “Conhecendo o Brasil e a sua história, novos governos quando assumem, independente da cor partidária, usam o primeiro ano para fazer uma auditoria”, comenta. O engenheiro civil Luiz Cláudio Mehl, ex-presidente do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), lamenta que mais uma obra paranaense seja postergada pelo governo federal. “No Paraná as coisas acontecem muito lentamente. A nossa incapacidade de mover as coisas é muito grande. Essa reprogramação vai jogar [o metrô] para um ponto indefinido do futuro”, afirma. (JO)
