10/09/2009

CBF lava as mãos sobre estádio do Morumbi e ratifica Fifa.

Não será do presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014), Ricardo Teixeira, que o São Paulo terá apoio para ter a abertura do Mundial no Morumbi. Foi o que deixou claro o cartola em entrevista ao Sportv.
O estádio está sob ataque da Fifa, cujo secretário-geral, Jérôme Valcke, considera inviável que este seja sede de partidas importantes da Copa.
À TV Teixeira ratificou a crítica da Fifa e lavou suas mãos sobre o destino do Morumbi.
“Ninguém melhor do que o secretário-geral da Fifa, que coordena a Copa, para dizer quem tem ou não condições para ser sede de jogos da Copa”, explicou Teixeira. “Fiz questão de não participar da reunião [entre a Fifa e as cidades-sedes] e não vou decidir [sobre o Morumbi]. É uma questão eminentemente técnica.”
É a Fifa quem tem palavra final sobre a utilização de estádios. Os projetos de cada arena serão analisados por técnicos da entidade e do COL, que pode interferir na escolha da sede da abertura se houver empate.
Teixeira concorda com Valcke na crítica sobre a falta espaço no entorno do Mumbi para abrigar centros para autoridades e patrocinadores e TVs.
“Você vai ao Mineirão e tem espaço para 380 caminhões. No Maracanã, tem menos. No Morumbi, menos ainda.”
Tanto Teixeira quanto Valcke fazem essas observações técnicas antes de analisar os ajustes propostos pelo São Paulo para o projeto do Morumbi.
O clube contratou a GMP, escritório de arquitetura alemão especializado em estádios, para reformar seu projeto reprovado pela Fifa. Mandou os detalhes na sexta. O COL não analisou as mudanças. Nem Valcke.
Quatro dias antes, estourara o prazo para os Estados lançarem licitações para a reforma dos estádios. Nenhuma das cidades cumpriu.
O COL abriu mão desse prazo, disse Teixeira. E, agora, adiou o início das obras das arenas do Mundial. Antes, era fevereiro. “Todos os estádios têm que começar obras no início de março”, declarou o dirigente.
Ele disse ainda que o custeio dos estádios ocorrerá por PPPs (Parceria Público-Privado), iniciativa privada ou BNDES.