11/08/2010

Pacote do governo desperta interesse de construtoras.

Com a definição de que a Arena será o estádio curitibano na Copa do Mundo de 2014, a dúvida da vez é se há construtoras dispostas a realizar a obra nas condições exigidas. Em princípio, elas existem, mas a consolidação do interesse depende de como será feita a licitação.
Em entrevista à Rádio Transa­­mérica, o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, voltou a confirmar que há candidatos pela obra na Baixada. “Eu mesmo recebi duas construtoras interessadas no potencial construtivo. Agora, oficializando o processo, outras devem se candidatar”, afirmou.
Pelo que a reportagem apurou, cinco empresas teriam procurado o clube e esta é a expectativa de inscritos na licitação - que ainda não tem data definida para ocorrer.
Uma das que devem participar deste processo é a J. Malucelli, uma das maiores do ramo no estado. O seu presidente, Joel Malucelli, confirmou que, diante do acordo entre governo e Atlético, a empreitada pode ser viável financeiramente.
“Ainda não existe um projeto quantitativo e um estrutural. Desde que os recursos sejam claros e confiáveis, devemos participar da licitação”, garantiu.
O dono do Corinthians Paranaense já havia dito à Gazeta do Povo há uma semana que não tinha interesse caso a forma de pagamento fosse o potencial construtivo. O discurso mudou.
“Depende das condições do potencial construtivo. A quantidade de papéis, o tipo, o preço por metro quadrado”, ponderou. “Por enquanto não tem nada oficializado, no papel. São só discursos. A hora que virar uma formalização de proposta, nós vamos estudar, ver se vale a pena ou não. Mas que temos interesse, isso nós temos”, reiterou o dirigente.
Outra empresa que também tem a intenção de participar do processo é a C.R.Almeida. Segundo Sandro Vicentini, diretor jurídico da empresa, uma obra como um estádio para a Copa do Mundo realmente chama a atenção. “Assim que as regras estejam determinadas, vamos analisar o projeto para ver se vale a pena”, confirmou.
Uma das novidades anunciadas pelo clube é a possibilidade de ficar pouco tempo longe da Bai­­xada para a realização da reforma. Inicialmente, previa-se que o Fura­­cão teria de mandar seus jogos em outro local assim que as obras começassem.
“Faz parte da exigência para a construtora ficarmos fora da Arena o menor tempo possível. Poderão começar a fazer obras pela parte externa, não prejudicando o gramado”, avaliou Marcos Malu­­celli, referindo-se ao terreno do antigo Colégio Ex­­poente, sem prever data para o início dos trabalhos.