24/09/2009

Copa vai ser na Arena da Baixada, afirma Malucelli.

O primeiro passo foi dado em grande estilo, ainda em 2008. O Atlético Paranaense entrou na briga para que a Arena da Baixada fosse sede de alguns jogos da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Com parte do estádio concluída, o clube saiu na frente dos rivais Coritiba e Paraná, que apresentaram projetos ao governo e à Federação Internacional de Futebol (FIFA). E o Rubro-negro conseguiu seu objetivo, já que Curitiba e a Arena da Baixada foram confirmadas pela entidade máxima do futebol mundial como parte das 12 sedes brasileiras. “Estamos favorecidos pelo fato de termos um estádio 85% pronto para realizar os jogos”, afirmava o presidente do clube, Marcos Malucelli.
Porém, após a confirmação, o Atlético voltou à cena, reclamando ajuda para arcar com as despesas do estádio. “Hoje, para concluirmos a Arena, precisamos de R$ 30 milhões. Com isso, finalizamos o estádio e o deixamos pronto para jogos do Atlético. Para fazermos partidas da Copa, temos de mudar o estádio, alterar algumas coisas, que são exigidos pelo caderno de encargos da FIFA. Esse orçamento de R$ 30 milhões foi para R$ 138 milhões. Essa diferença de R$ 100 milhões, você acha justo que o Atlético arque com isso? E depois vai pagar como esses R$ 100 milhões a mais?”, questionou Malucelli há alguns meses, quando concedeu entrevista à imprensa paranaense.
Mas para que a Arena da Baixada permanece como estádio-sede, a diretoria do Atlético Paranaense está correndo atrás de patrocinadores. “Um financiamento está descartado, pois depois o Atlético teria que arcar com a dívida da mesma maneira”, comentou. Segundo Malucelli, por possuir um estádio mais moderno, o Atlético não teria necessidade de iniciar as obras em março para que o mesmo seja entregue no tempo previsto.Além de um patrocinador interessado em investir de olho na Copa do Mundo, o presidente atleticano revelou outra maneira de o clube conseguir o valor necessário para as obras. “Estamos atrás de um patrocinador master para o clube, que detenha o naming rights da Arena e do nosso centro de treinamentos. Se isso for viabilizado, é claro que investiremos na conclusão do nosso estádio”.
Outra possibilidade comentada por Malucelli seria a mudança em alguns quesitos do projeto aprovado pela FIFA, o que diminuiria o valor final das obras. “Não há nada oficial, mas algumas mudanças foram faladas em uma reunião”, disse o dirigente, referindo-se aos pontos cegos da Arena da Baixada, que, por normas, devem ser excluídos. “Ao invés de retirarmos as colunas e mexermos em toda a estrutura do estádio, o que nos custaria em torno de 20 milhões, tiraríamos as cadeiras deste espaço, cerca de 300. Seria mais fácil e o estádio continuaria com o número previsto de lugares”, revelou. Sem a intenção de sediar jogos finais, a Arena da Baixada precisa de 40 mil lugares. “Estamos estudando possibilidades e correndo atrás de grupos de investimentos, logo teremos novidades”, finalizou Malucelli.