19/07/2010

Má fase do Atlético reflete no psicológico dos jogadores.

Zona de rebaixamento. Três jogos seguidos com derrotas. Pior defesa da competição, com média superior a dois gols sofridos por partida. Sistema defensivo vazado em todos os nove jogos disputados até agora no Brasileirão. Esse é o retrato do Atlético após 1/4 do campeonato já disputado. A situação só não está pior porque a lanterna tem dono: o homônimo goiano, que ontem voltou a perder -desa vez para o Flamengo.
A má fase vivida pelo grupo atleticano incomoda e reflete no psicológico dos jogadores, conforme ficou demonstrado nas atitudes tomadas durante a derrota fora de casa, anteontem, em São Januário, no Rio. Basta analisar o comportamento do time após sofrer o primeiro gol do Vasco. A postura adotada, denominada de “infantil” pelo comandante Paulo César Carpegiani, foi motivo de críticas após o jogo.
Nas declarações, o treinador citou que o descontrole apresentado não pode ocorrer em time profissional. “Temos falado (para os jogadores) que não pode perder a cabeça. Tem que ter controle emocional. Não podemos ter garotinho de cabeça quente em partidas de grande importância como são as do Brasileiro e cometer erros infantis”, destacou.
O goleiro Neto, uma das revelações atleticanas, e que falhou no primeiro gol do Vasco, comentou que os erros da equipe vêm se repetindo e lamentou que isso venha se perpetuando no clube. “Acontece o que vem acontecendo há tempo. É complicado. O discurso de hoje é o mesmo da partida passada. Estamos nos empenhando e temos que trabalhar mais para sairmos dessa situação. Todo o grupo sente as derrotas, mas não se pode abater. Na vida há sempre dificuldades e temos que lutar”. O jogador, que é cria da base, complementou que a fase de maus resultados incomoda e fica martelando a todo instante. “Ultimamente está difícil colocar a cabeça no travesseiro. Tomamos gol em todas as partidas. Não é uma característica minha e nem do nosso time. Vamos lutar e trabalhar”, finalizou.