23/07/2010

Arena da Baixada mais perto da Copa 2014.

Após três meses de indefinições, a Arena da Baixada depende apenas de uma resposta oficial do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para ser confirmada como palco de Curitiba na Copa de 2014. Reunião em Brasília na última segunda-feira assegurou o empréstimo do banco para a reforma do estádio, até então ameaçado de corte por falta de garantias financeiras.
O impasse que poderia tirar Curitiba da Copa se arrasta desde meados de 2009. Dono da Arena, o Atlético-PR dizia não ter condições de bancar os R$ 138 milhões da reforma. Por sua vez, prefeitura e governo do estado se recusavam a ajudar financeiramente o clube, mas também negavam a existência de um plano B.
A equação começou a ser resolvida em maio. Uma mudança na legislação municipal permitirá que o Atlético-PR repasse os papéis de potencial construtivo do seu terreno (cerca de R$ 90 milhões) à construtora que realizar a obra. A empreiteira tomará o empréstimo de R$ 80 milhões do BNDES, proibido de financiar clubes. Já o Atlético diz que possui R$ 38 milhões em caixa para complementar a empreitada.
As negociações estão avançadas. No início da semana, uma comitiva paranaense conversou com o ministro do Planejamento Paulo Bernardo, que garantiu que os papéis serão aceitos como instrumento de liquidez.
“Hoje podemos dizer que a situação está resolvida”, disse o gestor da Copa em Curitiba, Luiz de Carvalho. “Faltam apenas questões burocráticas, como enviar uma série de licenciamentos para o banco, que já estamos finalizando.” Segundo Carvalho, as garantias devem ser apresentadas ao COL/2014 (Comitê Organizador Local da Copa) em até 30 dias.
O último impasse diz respeito ao financiamento. O BNDES exige um banco repassador para liberar o empréstimo a entidades privadas. Com isso, a taxa sobe de 8% para 11% ao ano, considerada alta por clube e comitê. Prefeitura e governo do estado tentam viabilizar o financiamento através do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).
Segundo Carvalho, o valor das obras pode cair para R$ 120 milhões com a aprovação de isenções fiscais.