23/06/2010

Passivo de empresas pode ir para a Arena.

O governo do estado articula mais uma saída para o término da Arena para a Copa 2014. A ideia é convencer empresas, como a Renault e a Audi/Wolksvagem, com sedes em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, a quitar parte dos débitos fiscais que têm com o estado através de investimentos na obra, contando com incentivos para tanto.
Apenas as duas montadoras juntas devem quase R$ 3 bilhões aos cofres públicos.
A aprovação da medida será discutida na Assembleia. O deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli(PMDB) acredita que o incentivo possa servir também para obras em outros locais.
“Não temos um grande ginásio, nem mesmo mais a Pedreira [Paulo Leminski, desativada] para reunir grandes multidões. Vamos ampliar o leque desse incentivo.”
A articulação precisa sair antes de 6 de julho, data na qual o prefeito Luciano Ducci e o governador Orlando Pessuti embarcam à África do Sul para um encontro com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Lá, terão de dar ao Comitê Organizador Local (COL) e ao ministro dos esportes, Orlando Silva, a solução para o evento. Silva teria segurado a indicação da Arena depois de saber da intenção de uma parceria público-privada via Copel.
O aporte de R$ 40 milhões feito pela companhia estatal de energia será discutido na mesma data em que os políticos embarcam à África. Uma audiência pública com representantes do município, estado, clubes e Copel está marcada para o dia 6. Quem defende a ideia justifica o marketing ao fato de que a Copel atuará nos ramos de telefonia fixa e internet ainda esse ano.
BNDES
O Atlético aguarda em paralelo resposta do Bano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quanto ao financiamento da obra para quinta ou sexta-feira. Os atleticanos querem oferecer os papéis do potencial construtivo (permuta em que quem investir no estádio receberá aval para construir acima dos padrões urbanos estabelecidos em uma determinada área da cidade) como garantia financeira, ao invés do imóvel em si.
Politicamente, trabalha-se para que algum agente financeiro privado compre a ideia, uma vez que há necessidade de um intermediário entre o BNDES e o credor. Além disso, um convênio entre estado e prefeitura de R$ 80 milhões (mesmo valor do aporte em potencial construtivo) deve ser assinado para obras na cidade, como fator compensatório à oferta do município ao clube.
Outra queixa do Atlético está em negociação. Coritiba e Paraná receberão os mesmos benefícios, mas sem necessidade de financiamento imediato, o que pode banalizar o valor dos papéis. O governo estuda priorizar a venda atleticana até a conclusão do estádio.