Passado o calor da disputa, o Atlético decidiu ir com calma nas reclamações contra a arbitragem. Domingo, após a derrota por 2 x 1 para o Corinthians, o diretor de futebol Ocimar Bolicenho anunciou a possibilidade de protestar veementemente na Comissão Nacional de Árbitros (Conaf) da CBF.Porém, após a reunião da diretoria, ontem à noite, ficou resolvido que o Rubro-negro fará um protesto quase silencioso contra o árbitro Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ).
Através do advogado Domingos Moro, o clube fará chegar às mãos do presidente da comissão, Sérgio Corrêa da Silva, um vídeo apontando os erros de arbitragem no jogo de domingo, na 1.ª rodada do Brasileiro.
Assim, o Atlético também evitará o trâmite legal para formalizar um protesto, e que exigiria que a reclamação fosse encaminhada via Federação de Futebol do Rio de Janeiro, onde Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ) é filiado.
Outra decisão tomada na reunião de ontem à noite é a de que os jogadores serão orientados a não oferecer oportunidades para que os árbitros mostrem cartões “gratuitamente”.
Só neste ano, em duelos contra times paulistas, o Atlético já teve quatro expulsos. Paulo Baier, capitão da equipe e jogador mais experiente do elenco, foi excluído em duas oportunidades, pelo mesmo árbitro e basicamente da mesma maneira. Os outros atletas “premiados” com cartão vermelho foram o zagueiro Bruno Costa e o goleiro Neto - contra Palmeiras e Corinthians, respectivamente.
O número de cartões vermelhos que a equipe recebeu na Copa do Brasil no Brasileiro supera a série de todo o Campeonato Paranaense, quando em 20 jogos, e em quatro meses de disputa, o Rubro-Negro teve apenas três jogadores expulsos: Tartá, Javier e Valencia.
Na avaliação de Domingos Moro, nas expulsões de Paulo Baier o que ficou demonstrado é que jogador estava marcado pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique.
“Na jogada do escanteio em que recebeu amarelo (contra o Palmeiras, no Palestra Itália), o Paulo tinha razão e mostrei isso no tribunal. No segundo amarelo, na partida de domingo (Corinthians), visivelmente ele sofre falta e depois tocou a mão na bola. Ali acontece bola na mão, diferente de mão na bola”, argumenta o advogado.
Quanto à expulsão de Neto, Moro considerou uma atitude normal, reflexo da decisão que o goleiro teve que tomar naquele instante do jogo. Quanto a Bruno Costa, também considerou normal, devido ao histórico do jogador. O advogado, no entanto, ressaltou um ponto em comum nas expulsões.
“Três dessas quatro expulsões aconteceram com o mesmo árbitro que também nada fez em relação à confusão envolvendo o zagueiro Manoel. Com outras arbitragens o Atlético não tem tido problemas”, afirmou. Por esse motivo, o Atlético decidiu, por enquanto, não declarar guerra à arbitragem.
