25/03/2010

O problema peculiar da escolha da profissão (I).

Sempre é tempo de mudar para o bom desempenho no futuro.
Um dos assuntos de interesse familiar e que não raro se transforma em problema grave é a escolha da futura carreira profissional dos jovens. Muitas vezes o profissional do Direito ou de outra categoria universitária poderia ser melhor contador, securitário, representante comercial, empresário, técnico em informática ou qualquer profissão mesmo sem o selo da academia que Advogado, Juiz, membro do Ministério Público ou da Polícia. O tempo dos vestibulares é um grande dilema para muitos e época de incerteza e insegurança para os adolescentes. A escolha infeliz leva muitos alunos, que começam um determinado curso e depois de algum tempo prestam novo vestibular, a buscar um novo sonho, um novo curso.
Os candidatos com maior angústia na expectativa de ingresso na Universidade são os próprios pais. Eles são submetidos a um grave desafio espiritual, a uma provação mais rigorosa que a imposta aos seus filhos e que costuma ser enfrentada com todas as esperanças, orações e promessas.Mas a ansiedade se converte em frustração familiar quando o estudante aprovado vem a desistir de continuar na vida universitária. E essa iniciativa, segundo autoridades do ensino superior, vem se ampliando para gerar evasões que têm algumas causas bem específicas: a) a necessidade de trabalhar; b) a decepção com o curso; c) os problemas vocacionais.
A escolha da futura carreira se dá, para a grande maioria dos estudantes, em um momento precoce, quando ainda não existe a adequada visão do futuro e múltiplas opções para ser doutor ou não. Após o segundo grau, o estudante deve ser bem informado e orientado para a escolha que permita atender à sua vocação, cujos sinais podem ser identificados pela sua personalidade e estilo de vida familiar e social. Essa fase intermediária é muito delicada e fundamental na vida dos adolescentes.
Na minha experiência de advogado e professor aconselhei muitos alunos em dúvida para um exame de consciência e uma decisão corajosa quando não existe a sintonia entre a vocação e a atividade acadêmica. E me sinto confortado com algumas deserções que provoquei, não obstante o saldo de adesões tenha sido bem maior porque muitos estudantes em dúvida receberam estímulo para o presente e sugestões para o futuro.
Por isso, eu renovo a minha mensagem aos estudantes que descobriram, depois do ingresso na universidade, que não estão em sintonia com a escolha:
A vida é muito curta para ser menor; sempre é tempo de mudar para melhor.