09/12/2009

Ainda sem definição, CAP confia em início das obras na Arena em março.

Restam menos de quatro meses para o início do prazo de obras nos 12 estádios brasileiros que receberão a Copa do Mundo de 2014. Nove terão de sair do zero, enquanto outros três serão adequados ao atual Caderno de Encargos da Fifa. A data-limite imposta pela entidade é 1º de março de 2010 para o início dos trabalhos, e o Atlético Paranaense garante que os prazos serão cumpridos. Já detalhes e datas a respeito das obras na Arena da Baixada seguem um mistério.
No fim do mês passado, o arquiteto do novo Joaquim Américo, Carlos Arcos, deu detalhes a respeito do que será feito a partir do próximo ano. Todavia, o vice-presidente do Furacão, Ênio Fornéa, evita antecipar o que virá nos próximos meses que antecedem o início dos trabalhos. O principal ponto nebuloso acerca da conclusão do estádio – a origem dos R$ 138 milhões necessários para todas as obras – é mantida em sigilo.
“Não posso afirmar nada agora. Não há nada que me permita falar em datas ou prazos. Ao contrário do que tem sido dito, a questão não é a dificuldade de obter o dinheiro, mas sim como isso poderá ser feito da melhor maneira para o Atlético. Não falo em caminho A, B ou C, a única certeza é que não pegaremos empréstimo do BNDES, como eu já havia dito antes”, afirmou Fornéa, por telefone, à Gazeta do Povo.
No planejamento atleticano constam detalhes que podem possibilitar o cumprimento do prazo imposto pela Fifa, como a redução dos custos (através de isenções fiscais) e a possível extensão do período para início das obras de março para junho de 2010. Esta última informação vem sendo especulada nos bastidores nas últimas semanas, mas ainda não há uma confirmação oficial a respeito. A preferência atleticana seria obter um parceiro privado, porém o volume dos recursos necessários pode possibilitar uma via público-privada para o caso.
“Tenho mantido contatos com a prefeitura municipal, apenas com eles, e estamos obtendo muita ajuda nesta busca. A nível de governo do estado já não temos conversado faz tempo. O relacionamento com a prefeitura é muito bom e as conversas com eles e interessados estão em andamento”, completou o dirigente do Atlético. Questionado sobre a possibilidade da parceria para a conclusão da Arena estar atrelada ao “naming rights” do estádio, Ênio Fornéa esclareceu.
“Não deverá envolver uma coisa com a outra. O naming rights que buscamos para o estádio (e para o CT do Caju) é para a receita diária do clube”, finalizou. Como a Gazeta já trouxe em novembro, o Furacão segue negociando esta área comercial da Arena e espera ter novidades ainda neste ano.